A raiva representa uma zoonose de enorme impacto na saúde pública, com quase 100% de letalidade. Essa doença afeta mamíferos, incluindo seres humanos, e é causada por um vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie Rabies vírus (RA BV). Por isso a importância da prevenção e da imunização contra a raiva.
O vírus da raiva normalmente é mantido em um hospedeiro principal, podendo ser um cão, gato, ser humano, carnívoro selvagem ou morcego.
Formas de transmissão
A transmissão ocorre pelo contato com a saliva de um animal infectado, através de mucosas ou feridas abertas, permitindo que o vírus contido na saliva do animal doente penetre no organismo do animal sadio. Isso geralmente acontece por meio de mordidas ou arranhões, e mais raramente por meio da lambida ou contato com objetos contaminados pela saliva (como comedouros, bebedouros ou brinquedos).
Infecção
Uma vez infectado, o vírus atinge rapidamente o sistema nervoso central, afetando áreas do cérebro e disseminando-se para órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado através da saliva de animais ou pessoas doentes.
Incubação
O período de incubação pode variar significativamente, por isso a importância da prevenção e da imunização contra a raiva, dependendo da quantidade de vírus inoculado e da distância entre o local da infecção e o cérebro. Pode estar relacionado também com a gravidade e extensão da ferida causada pelo animal agressor. Em média, esse período varia de 20 a 90 dias em humanos e animais, desde a infecção até o surgimento dos sintomas.
Período de transmissão
Varia de espécie para espécie, mas em todos os animais, incluindo seres humanos, inicia-se antes do aparecimento dos sintomas e persiste durante o quadro clínico, até a morte. Esse período foi bem estudado em cães e gatos, observando-se que começa cerca de dois a quatro dias antes dos sintomas aparecerem no animal e dura até sua morte, que normalmente ocorre cerca de cinco dias após o início dos sintomas.
Regiões propícias
Lugares com grutas podem representar maiores riscos, pois abrigam grandes populações de morcegos. Alguns podem pensar que os morcegos frutíferos não representam riscos, mas como a raiva afeta o sistema nervoso, os morcegos frutíferos podem ser mordidos por morcegos hematófagos infectados e, ao ficarem desorientados, podem morder outros animais, transmitindo o vírus a eles.
Principais sintomas em cães e gatos
Como a raiva ataca o sistema nervoso, a mudança de comportamento do animal de estimação e a agressividade são alguns dos sinais mais característicos da doença.
Outros sintomas incluem: falta de coordenação motora, desorientação e movimentos vagarosos; latidos ou miados frequentes; perda do controle da mandíbula; salivação excessiva; espasmos e tremores; isolamento; aversão à luz (fotofobia) e à água (hidrofobia); paralisia e convulsões.
No entanto, é importante ressaltar que nem toda agressividade em animais é um sinal de raiva.
Tratamento/prevenção
Não existe tratamento para o vírus. A única forma de prevenção é a vacinação anual de cães e gatos.
É fundamental manter sempre a carteira de vacinação do animal de estimação em mãos para não perder o prazo da revacinação. Animais saudáveis que foram atacados devem ser vacinados novamente e permanecer em observação. Além disso, os tutores devem comunicar imediatamente o caso à vigilância epidemiológica.
Cuidados e abordagens após ser mordido ou atacado
Se for atacado por um cão, gato ou animal silvestre, ou se expor acidentalmente à saliva de um animal suspeito, é importante lavar imediatamente o ferimento com bastante água e sabão. Em seguida, procure o centro de saúde mais próximo para seguir os cuidados e protocolos de profilaxia pós-exposição.
Se possível, mantenha o animal agressor isolado e em observação por pelo menos 10 dias e comunique a vigilância sanitária e epidemiológica do seu município para outras medidas de controle.
Lembre-se
A melhor prevenção contra a raiva é a vacinação antirrábica anual dos animais de estimação. Ao cuidar do seu pet, você também cuida da saúde de toda a população.
Agora que você já conhece a importância da prevenção e da imunização contra a raiva, que tal compartilhar esse post com alguém?!
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